quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Lá em casa

Queridos,

Dedico com todo o meu amor a cada pessoa independente de conhece-la ou não  pois este pequeno sei lá o que me veio à mente em uma deliciosa varanda na virada do ano e só agora estou postando porque finalmente hoje recebi um aviso através da brisa, era chegada a hora de postar. Se você gostar, compartilhe à vontade, e se não gostar pode criticar, vou saber que alguém é normal, rs.

Boa leitura.



Do sal das lágrimas é que se tira o poder de conservar os alimentos.

Aqui em casa a vida é simples, o sofá fica na sala e no quarto ficam amor e criado mudo.
Aqui em casa o mesmo ar que entra, sai, às vezes ele vem empoeirado e sai mais leve, outras ele vem limpo mas leva consigo algumas moléculas a mais.
Aqui em casa o quintal é grande, nele estão ao mesmo tempo mar e campo, mas a cozinha ...
Ah, a cozinha é pequenininha e aconchegante, repleta não só dos valores culinários e é aí que ela se expande.

Me lembro da época de infância, cheirinho de torta, gostinho de dedo no bolo, certeza de colo.
Me lembro das conversas na beira do fogão, todas meio que proibidas para menores de coração.
Me lembro do silêncio da sala, tensão de conversas trazidas de fora, tensão de conversas caladas por dentro.
Me lembro da brisa que anunciava a primavera, cheirinho de alergia, daquela alergia que nos faz espirrar mais que pular corda em uma tarde morna de domingo.

Hoje não sei se quando criança gravamos melhor as situações ou as sensações.
Hoje não sei se tomei o rumo certo, o rumo que de fato me faria tão feliz.
Hoje não sei se é deste ou daquele tamanho, qual tempero fica melhor neste prato.

Quando me sinto em casa, me sinto dentro de mim.
Quando me lembro é porque já não mais estou vivendo.
Quando a dúvida me toma a ação é hora de mudar.

Bem-vindo à sua casa, pois você é o seu lar.




bjs

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