segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Bolas não-natalinas

Uma tarde super quente, abafada, as coxas suando e o cerebro a mil, descontente com alguns fatos da vida, pensamentos que vão e vem, coisas que achavamos verdadeiras e hoje ja nao soam tanto assim, confusoes do dia-a-dia, da prosa mal levada, do olhar perdido, aquele peixe-morto mesmo sabe? Eis que sem querer me machuco feio em um lugar não muito agradável e descubro ... TENHO BOLAS!

O choque foi por si só avassalador, qualquer coisa ímpar que me fez esquecer por completo aqueles inúmeros assuntos sérios que perambulavam sem qualquer pudor por minha mente um tanto quanto insana. Me deparei com algo inacreditável, bolas! Mas como assim? Explico.

Senti claramente que fiquem sem ar, com uma dor que parecia me puxar dos orgaos baixos para a boca, como se ao cuspir pudesse mesmo ser capaz de ver cada pedacinho saindo através de meus lábios, como se as entranhas pudessem ser removidas assim do nada, sem qualquer ato cirurgico de maior impacto. Lembrei-me na hora da descrição que já havia ouvido certa vez, poucas horas após ver meu amigo ser "presenteado" no dito cujo.
Tem certas coisas na vida que nos tiram do sério, mas até aí é o que sempre digo, aprender a lidar com a respiração, repetir como um mantra em voz quase "inouvivel" aquelas palavras que não podemos dizer em locais sacros, enfim, há várias formas de lidar com a situação e o cérebro está totalmente presente em corpo consciente. Neste caso não, me senti toda cérebro em um corpo que era só dor, rs.

Pudera, castigo para uma criminosa cujos pensamentos são insuportavelmente baixos, com instinto animal e uma capacidade ímpar de tendencia ao masoquismo, alguém que portanto merece sobretudo a dor.



 
 
bjs

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